Charles Chaplin nasceu com o cinema, três anos depois da primeira projeção cinematográfica pública dos irmãos Lumière, em Paris. E foi justamente para o cinema que Chaplin criou o inconfundível Carlitos, um vagabundo que vivia em um mundo repleto de injustiças e desigualdades e no qual todos os espectadores se espelhavam.
A obra de Charles Chaplin evoluiu com o cinema e, às vezes, como no caso do surgimento do cinema sonoro, reagiu às inovações técnicas. Sua vida pessoal também de desenvolveu em plena sintonia com os acontecimentos políticos do século e esteve marcada por momentos dolorosos em várias ocasiões. Como todos os grandes gênios, Charles Chaplin foi um artista à frente do seu próprio tempo.
Calças largas, uma casaca apertada, botinas enormes e chapéu-coco; com essas roupas estranhas, que completou com uma vara de bambu como bengala e um gracioso bigodinho, nasceu, no dia 2 de fevereiro de 1914, o imortal Carlitos, o personagem mais estimado e universal do cinema. A partir de então, estimulado pelo sucesso instântaneo de seu invento, introduziu-o em mil histórias diferentes e outros tantos enredos de celulóide que se misturam na memória coletiva de várias gerações. Mesmo para os menos versados na sua obra, é fácil supor que por trás de Carlitos não havia apenas um ator genial, mas também um talentoso roteirista, um produtor apaixonado pelo projeto, um compositor que realçava com sua música o caráter de cada cena e, é claro, um excelente diretor. O que talvez nem todo mundo saiba é que todos esses ilustres ofícios se incorporavam (em alguns casos ao mesmo tempo) na pessoa de Charles Chaplin, o primeiro criador que à sua arte, para regozijo da humanidade, se dedicou mais de meio século de seu gênio e criatividade.

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